Um estudo realizado pela PwC com 73 empresas de diferentes portes e setores no Brasil apontou que, para a maioria, há dificuldade de concretizar o planejamento estratégico por falta de capacitação profissional. Os dados mostraram, também, que em 23% das grandes empresas, o foco dos treinamentos é na liderança e, para 24% delas, o nível operacional recebe maior atenção.
Um dos setores de destaque na economia brasileira, o de alimentos, tem a constante necessidade de aperfeiçoamento dos profissionais que atuam no segmento. Ocupando 24% do total de empregos da indústria de transformação nacional e com 58 mil novas vagas geradas no ano passado, a demanda por mão de obra especializada na área não é novidade.
Para Gilmar Chagas, Managing Director Brazil da Global Swiss Learning, é de extrema importância que empresas realizem treinamentos corporativos regularmente para manter seus quadros de funcionários constantemente bem capacitados. Ele exemplifica um dos segmentos em que a sua instituição atua.
“Diversas empresas relatam que há carência de mão de obra na indústria da panificação e confeitaria. Por esta razão, a indústria precisa investir no treinamento de suas equipes”, comenta.
Para o executivo, os treinamentos corporativos no setor alimentício podem ser vantajosos para ambos os lados e têm diferentes características.
“Treinamentos mais profundos, como uma capacitação profissional, podem ser oferecidos a novos colaboradores. Já programas de aperfeiçoamento, mais curtos e focados, podem seguir o cronograma de lançamento de produtos, ou então uma frequência anual”, afirma.
A ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) projetou, em notícia recente, o crescimento do mercado de confeitaria para este ano. Tendo este panorama em vista, Chagas projeta o que deve ser levado em conta quando uma empresa desse segmento elabora seus treinamentos corporativos.
“O que considero relevante, também, é o momento do mercado para este segmento. Sem a atualização de know-how do profissional, o mercado composto por grandes indústrias e maquinários poderá englobar grande parte da demanda que existe e a que surgirá”, comenta.
Para ele, os profissionais qualificados, que entregam diferentes aplicações de técnicas nos produtos que criam, se tornarão escassos na praça. E, os poucos que existem estão se aperfeiçoando cada vez mais, garantido sua presença profissional para os próximos anos. Também por esses fatores, a importância dos treinamentos corporativos e especialização.
A título de exemplo, existe a Richemont Brasil, que atua com profissionais, escolas e grandes centros técnicos de formação através do ensino profissionalizante para Boulangerie, Pâtisserie e Confiserie. Dessa forma, acontece a entrega da certificação ao aluno com base no ensino suiço.
Por fim, Chagas comenta os resultados projetados com a realização dos treinamentos:
“uma equipe capacitada aumenta a eficiência de produção, reduz desperdício, torna o uso de recursos mais consciente, reduz riscos de acidentes. Além de melhorar a qualidade dos produtos, impactando na percepção da empresa aos olhos do consumidor”, finaliza.
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